domingo, 23 de agosto de 2015



 
 
Autismo
 

 
 
O autismo é um transtorno global do desenvolvimento, no qual há alteração que prejudica a interação, a comunicação e o comportamento. Ou seja, é marcado pela dificuldade na comunicação social.
 
 
 
 
 
Dia do autismo
 
 
Todo 2 de abril comemora-se o Dia Mundial da Conscientização do Autismo, data decretada pela ONU (Organização das Nações Unidas), desde 2008, pedindo mais atenção ao transtorno do espectro autista, nome oficial do autismo.
A incidência do autismo em crianças é mais comum e maior do que a soma dos casos de AIDS, câncer e diabetes juntos. No Brasil estima-se que tenhamos 2 milhões de autistas, mais da metade ainda sem diagnóstico. Segundo pesquisa, a proporção é de uma criança autista para cada 150 nascimentos
 
Em 2011, foi realizado no Brasil, o maior evento da história, abrangendo todos os estados. Agora, em 2012, o objetivo é que o evento seja ainda maior, com monumentos sendo iluminados de azul na data, como o Cristo Redentor (no Rio de Janeiro), a Ponte Estaiada, o Viaduto do Chá, o Monumento à Bandeira, a Fiesp e a Assembleia Legislativa (em São Paulo), a torre da Unisa do Gasômetro (em Porto Alegre), o prédio do Ministério da Saúde (em Brasília) e muitos outros locais.
 
No mundo estarão iluminados também vários cartões-postais, como o Empire State Building (nos Estados Unidos), a CN Tower (no Canadá) entre outros — é o movimento mundial chamado “Light It Up Blue”, iniciado pelos estadunidenses.
 
O azul foi definido como a cor símbolo do autismo, porque a síndrome é mais comum nos meninos — na proporção de quatro meninos para cada menina. A ideia é iluminar pontos importantes do planeta na cor azul para chamar a atenção da sociedade, poder falar sobre autismo e levantar a discussão a respeito dessa complexa síndrome.
 
 
 
 
 
Sinais típicos do autismo
 
Algumas características podem ajudar você a desconfiar quando a criança tem autismo.  Alguns  traços de autismo podem se confundir com características semelhantes  a   outras pessoas que podem ser tímidas ou  gostar  de aventuras. Mais isso não as leva necessariamente a serem consideradas autistas até porque quem vai fazer o diagnóstico é o especialista.
O autismo não é uma condição limitadora. O diagnóstico precoce permite que as pessoas com autismo sejam pessoas felizes e bem inseridas socialmente.

Um dos sintomas mais comuns é quando a criança não responde ao ser chamada pelo nome.  Age como "surda" mesmo quando ouve. 

  • Dificuldade de contato visual.
  • Dificuldade em interagir com outras crianças. Não participa de brincadeiras coletivas.
  • Evita o contato físico.
  • Dificuldade em aceitar quebra na rotina.
  • Risos ou choro inapropriados.
  • Apego inapropriado a objetos.
  • Parece não temer o perigo.
  • Pode parecer inquieta e apresentar agitação psicomotora. Andar pra lá e pra cá, mexendo em tudo, não parando um minuto ou pode parecer preguiçosa, letárgica, necessitando de um grande estímulo para mover-se.
  • Usa pessoas como ferramenta. Pode não apontar com o dedo para o objeto que quer alcançar. Segura em seu braço e leva até o objeto desejado, como se usasse a sua mão como ferramenta.
  • Utiliza objetos de forma muito particular. Brinca de forma incomum. Pega um carrinho, por exemplo, e o vira ao contrário e é capaz de passar horas girando a rodinha.
Apresenta alteração sensorial. Pode cair no choro por causa de um simples toque ou pode machucar-se e não demonstrar dor.



     
     
    Desenvolvimento cognitivo
     
    A noção de espectro do autismo foi descrita por Lorna Wing em 1988, e sugere que as características do autismo variam de acordo com o desenvolvimento cognitivo.

     Na verdade, o que se chama de autismo nada mais é do que um tipo de comportamento que se caracteriza por três aspectos fundamentais. Primeiro: são crianças que parecem não tomar consciência da presença do outro como pessoa. Segundo: apresentam muita dificuldade de comunicação. Não é que não falem, não conseguem estabelecer um canal de comunicação eficiente. Terceiro: têm um padrão de comportamento muito restrito e repetitivo. Atualmente, qualquer indivíduo que apresente esses sintomas, em maior ou menor grau, é caracterizado como autista.

    O autismo acomete pessoas de todas as classes sociais e etnias, mais os meninos do que as meninas. Os sintomas podem aparecer nos primeiros meses de vida, mas dificilmente são identificados precocemente. O mais comum é os sinais ficarem evidentes antes de a criança completar três anos.

     De acordo com o quadro clínico, eles podem ser divididos em 3 grupos:
    1) ausência completa de qualquer contato interpessoal, incapacidade de aprender a falar, incidência de movimentos estereotipados e repetitivos, deficiência mental;
    2) o portador é voltado para si mesmo, não estabelece contato visual com as pessoas nem com o ambiente; consegue falar, mas não usa a fala como ferramenta de comunicação (chega a repetir frases inteiras fora do contexto) e tem comprometimento da compreensão;
    3) domínio da linguagem, inteligência normal ou até superior, menor dificuldade de interação social que permite aos portadores levar vida próxima do normal.
    Na adolescência e vida adulta, as manifestações do autismo dependem de como as pessoas conseguiram aprender as regras sociais e desenvolver comportamentos que favoreceram sua adaptação e autossuficiência.
     
    Recomendações
    * Ter em casa uma pessoa com formas graves de autismo pode representar um fator de desequilíbrio para toda a família. Por isso, todos os envolvidos precisam de atendimento e orientação especializados;
    * É fundamental descobrir um meio ou técnica, não importam quais, que possibilitem estabelecer algum tipo de comunicação com o autista;
    * Autistas têm dificuldade de lidar com mudanças, por menores que sejam; por isso é importante manter o seu mundo organizado e dentro da rotina;
    * Apesar de a tendência atual ser a inclusão de alunos com deficiência em escolas regulares, as limitações que o distúrbio provoca devem ser respeitadas. Há casos em que o melhor é procurar uma instituição que ofereça atendimento mais individualizado;
    * Autistas de bom rendimento podem apresentar desempenho em determinadas áreas do conhecimento com características de genialidade.

     
     
     Autismo x  Síndrome de Asperger
             Importante ressaltar que Asperger publicou os seus estudos na Alemanha, no final da 2ª Guerra Mundial, mas somente nos últimos dez ou quinze anos é que o termo Síndrome de Asperger tem sido utilizado em diagnóstico.  
     
    Autismo
     
     - Incapacidade de se relacionar afetivamente com as pessoas desde os primeiros anos.
     - Uma ansiedade excessiva e desejo de manter na mesmice.
     - Falta da Linguagem falada ou uso da Linguagem sem Intenção comunicacional.
      - Sensibilidade acima da média para estímulos internos e externos.
     - Fascinação por objetos como uma folha, tampas ou cordas, que são tratados com habilidade e destreza.
        

    Síndrome de Asperger
    - Falta de reciprocidade e empatia nas interações sociais, apesar de desejar certo grau de Interação.

    - Dependência de rotinas repetitivas e uma necessidade de uniformidade nos ambientes.

    - Habilidade de memorização de detalhes dentro de um estreito campo de interesse.

    - Fala formal desenvolvida prematuramente, mas mecânica e pode parecer estranha e pedante.

    - Atenção acima da média para estímulos externos e internos.

    - Falta de destreza motora – marcha e postura diferenciadas.
     
      
     

     Vídeos recomendados:

    ABC Autismo
















    METODO TEACCH - Trabalhando  cores

















     Série 'Autismo' no FANTASTICO (Ep 01)  



     
     Série 'Autismo' no FANTASTICO (Ep 02)
















    Série 'Autismo' no FANTASTICO (Ep 03)  

















    Matéria Síndrome de Asperger no Fantástico



     
     FREUD EXPLICA-AUTISMO E ASPERGER-PARTE 1  
















    Síndrome de Asperger -entrevista- parte 2-FREUD EXPLICA

















    Se Liga Brasil Menino autista de 14 anos
     pode ter QI maior que o de Einstein


















    GNT - Síndrome de Asperger - Parte 01/02

















    GNT - Síndrome de Asperger - Parte 02  



















    Filme francês  " O cérebro de Hugo"





    Adam
    Adam, um rapaz com síndrome de asperger, é apaixonado por astronomia, e passa a morar sozinho após a morte do pai. Tem um único amigo para apoiá-lo, Harlan. O filme trata do seu relacionamento com uma nova vizinha, a professora Beth. Foi escrito e dirigido por Max Mayer, que teve a ideia quando ouviu uma entrevista de um homem que sofria da doença. Foi premiado no Sundance Film Festival e no Method Fest Independent Film Festival do ano seguinte.






     Experimentando a vida (Molly)

    Elisabeth Shue interpreta Molly, uma jovem autista que sai do período de internação e fica sob os cuidados de seu irmão, Buck (Aaron Eckhart). Ele permite que a irmã inicie um tratamento experimental. Molly se transforma em um gênio, com inteligência superior, para a surpresa de Buck. Mas esse progresso acaba sendo relativo, já que Molly não se livra completamente da sua extrema concentração autista. Buck e sua irmã enfrentam agora outro grande desafio.


















    Loucos de Amor (versão dublada)
    Donald Morton (Josh Hartnett) e Isabelle Sorenson (Radha Mitchell) sofrem da síndrome de asperger, uma espécie de autismo que provoca disfunções emocionais. Donald trabalha como motorista de táxi, adora os pássaros e tem uma incomum habilidade em lidar com números. Ele gosta e precisa seguir um padrão em sua vida, para que possa levá-la de forma normal. Entretanto, ao conhecer Isabelle em seu grupo de ajuda tudo muda em sua vida.


















    O mundo necessita de todos os tipos de mentes -Temple Grandin



    Mary Temple Grandin é uma mulher com autismo (de alto funcionamento), também conhecido como Síndrome de Asperger, que revolucionou as práticas para o tratamento racional de animais vivos em fazendas e abatedouros. Bacharel em Psicologia pelo Franklin Pierce College e com mestrado em Zootecnia na Universidade Estadual do Arizona, é Ph.D. em Zootecnia, desde 1989, pela Universidade de Illinois. Hoje ministra cursos na Universidade Estadual do Colorado a respeito de comportamento de rebanhos e projetos de instalação, além de prestar consultoria para a indústria pecuária em manejo, instalações e cuidado de animais. Atualmente ela é a mais bem sucedida e célebre profissional norte-americana com autismo, altamente respeitada no segmento de manejo pecuário.
    Na juventude ela criou a "máquina do abraço", uma engenhoca para lhe pressionar como se estivesse sendo abraçada e que a acalmava, assim como a outras pessoas com autismo. Sua vida foi tema do filme Temple Grandin, em 2010, quando ela foi mencionada pela revista Time na lista das 100 pessoas mais influentes do mundo, na categoria dos "Heróis".

     


    SÍNDROME DE DOWN
     
     

     
    A síndrome de Down (SD) é uma alteração genética produzida pela presença de um cromossomo a mais, o par 21, por isso também conhecida como trissomia 21.
    A SD foi descrita em 1866 por John Langdon Down. Esta alteração genética afeta o desenvolvimento do individuo, determinando algumas características físicas e cognitivas.
     
    As crianças, os jovens e os adultos com síndrome de Down podem ter algumas características semelhantes e estar sujeitos a uma maior incidência de doenças, mas apresentam personalidades e características diferentes e únicas.


    O diagnóstico

    O diagnóstico preciso é feito através do cariótipo que é a representação do conjunto de cromossomos de uma célula. Na figura  é apresentado um cariótipo de um paciente portador da SD. O cariótipo é, geralmente, realizado a partir do exame dos leucócitos obtidos de uma pequena amostra de sangue periférico. É também possível realizá-lo, antes do nascimento, depois da décima primeira semana de vida intra-uterina, utilizando-se tecido fetal.
    Atualmente tem sido utilizado um marcador ultrassonográfico que pode sugerir o diagnóstico da SD na décima segunda semana gestacional. Trata-se de uma medida, denominada translucência nucal, que é obtida da região da nuca do feto. Valores acima de 3 mm são característicos de alguns problemas congênitos (presentes ao nascimento), entre eles, a SD.  A incidência da SD é de aproximadamente, 1 para 800 nascidos vivos.


     


     Todos os indivíduos devem ter 46 cromossomos dentro de cada célula, sendo que 23 deles vêm do pai e 23 vêm da mãe. No ano de 1958, um geneticista chamado Jerome  Lejeune, percebeu que no caso da síndrome de Down havia um erro de distribuição. As células dos portadores possuíam 47 cromossomos, e o que vinha a mais se mantinha ligado ao par número 21. Desta forma surgiu o termo “trissomia do 21” para se falar da doença. Em homenagem ao primeiro médico a relacionar as características físicas dos portadores, John Langdon Down, o geneticista deu à enfermidade o nome de síndrome de Down.
    Existem três tipos principais de trissomia do 21. No tipo simples ou padrão a pessoa possui 47 cromossomos em todas as células. No tipo translocação o cromossomo extra fica grudado em outro, portanto, a pessoa ainda possui 46 cromossomos, mas não da forma normal. E no tipo mosaico algumas células possuem 47 e outras 46 cromossomos.
     
     
     Como são os bebês com síndrome de down ?


    Os médicos frequentemente são capazes de reconhecer os bebês com síndrome de Down imediatamente após o seu nascimento. Tipicamente, os recém-nascidos com síndrome de Down têm diferenças na face, pescoço, mãos e pés, bem como no tônus muscular. O conjunto dessas características dá início às suspeitas do médico.Depois de examinarem seu bebê, os médicos geralmente irão solicitar estudos cromossômicos, para confirmar o diagnóstico. A criança com SD, desde o início, apresenta reações mais lentas do que as outras crianças; provavelmente isso altera sua ligação com o ambiente. O desenvolvimento cognitivo é não somente mais lento, mas também se processa de forma diferente. O desenvolvimento mais lento pode ser consequência dos transtornos de aprendizagem. À medida que a criança cresce, as diferenças mostram-se maiores, já que as dificuldades da aprendizagem alteram o curso do desenvolvimento.


    Tônus muscular baixo




    Os bebês com síndrome de Down têm tônus muscular baixo, denominado de
    hipotonia. Isso significa que seus músculos são relaxados e dão a impressão de serem “frouxos” ou “moles”. O tônus baixo geralmente afeta todos os músculos do
    corpo.

    A síndrome de Down não afeta a capacidade de crescimento e aprendizagem de seu filho, porém o tônus muscular baixo prejudica o desenvolvimento de habilidades como rolar, sentar, levantar e caminhar. Outra área em que o tônus muscular baixo pode afetar o desenvolvimento de seu bebê é a alimentação e aceitação de alimentos sólidos, pois os músculos da boca têm tônus muscular baixo.
    Outra área em que o tônus muscular baixo pode afetar o desenvolvimento de seu bebê é a alimentação e aceitação de alimentos sólidos, pois os músculos da boca têm tônus muscular baixo.
    A hipotonia não tem cura, isto é, o tônus muscular de seu filho provavelmente será sempre um tanto mais baixo do que o das outras crianças. Entretanto, muitas vezes pode melhorar ao longo do tempo, e pode ser melhorado por meio de fisioterapia. Dessa maneira, é atribuída uma grande importância à boa fisioterapia para ajudar as crianças com tônus muscular baixo a se desenvolver adequadamente, em especial quando são muito jovens.


     Terapia física













































     




















    Alfabetização






































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    Um olhar diferente sobre as coisas


















    A repórter com síndrome Down
     

















    Bailarina


















    Modelo síndrome de Down
    A australiana Madeline Stuart,  tem síndrome de Down e trabalha
    como modelo. No Instagram, a adolescente já tem mais de 70 mil seguidores.

     

    Jovem José Omar Dávila rege a orquestra
    sinfônica juvenil na Venezuela





















    Mãe escreve carta para homem que disse que seu filho com Síndrome de Down era ‘feio’
     


    Megan Mennes, uma américa de Houston, no Texas,  escreveu uma  carta ao homem que criticou seu filho, Quinn, que tem Síndrome de Down. Em uma foto postada por ela em sua conta no Instagram, o usuário JusesCrusTHD deixou um comentário seco: “Feio”. Em seu blog, Megan postou sua resposta.
    “Caro troll”, começa a professora de Inglês, “eu não quero fazer suposições sobre você, mas posso adivinhar, pela sua imaturidade e ignorância, que você pouco sabe sobre o desamparo que os pais sentem quanto veem seu filho sofrer com doenças respiratórias. Quinn estava doente na semana passada, mas melhorou bastante na sexta. Nós decidimos sentar no quintal e pegar sol depois da escola. Não há, no mundo, muitas coisas melhores que ver seu filho, que estava doente, abrir um sorriso, e eu tirei uma foto e postei no Instagram com a hashtag #síndromededown”.
    “O fato de você achar meu filho feio é uma coisa”, segue o relato. “Você tem direito à sua opinião. Mas o fato de você intencionalmente buscar por #síndromededown para achar fotos e fazer insultos (infelizmente, Quinn não é a única vítima do seu comportamento) é, ao mesmo tempo, infantil e triste”, explicou Megan. Em pouco tempo, o rapaz recebeu tantas críticas que decidiu apagar suas contas das redes sociais.


    “Isso não é uma piada. Isso é bullying virtual. Obviamente, denunciei seu perfil. Essa não será a última vez que alguém fará menos do meu filho porque ele é diferente. Não será a última vez que alguém fará piada às suas custas, mas buscar ativamente pessoas reais para zoar é mais que cruel. É inumano”, declarou. “Eu apenas espero que meus filhos aprendam a ignorar comentários ignorantes e a tratar os outros com respeito e dignidade. Todos merecemos, até mesmo você”, concluiu Megan.





    Extra. Globo.com