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domingo, 25 de outubro de 2015
A natureza dos números
Tudo que existe na natureza e em todo o universo pode ser traduzido em números, mostrando que a matemática é a linguagem universal e reina sobre todas as coisas. E que onde parece existir desordem sempre há um padrão.
"A matemática, vista corretamente, possui não apenas verdade, mas também suprema beleza - uma beleza fria e austera, como a da escultura." Bertrand Russell
NÚMEROS, A LINGUAGEM UNIVERSAL - PARTE 1
NÚMEROS, A LINGUAGEM UNIVERSAL - PARTE 2
NATUREZA EM NÚMEROS
SEQUENCIA DE FIBONACCI E O NÚMERO DE OURO
O NÚMERO DE OURO - ARTE E MATEMÁTICA
ISTO É MATEMÁTICA - A PROPORÇÃO DIVINA - PARTE 1
ISTO É MATEMÁTICA - A PROPORÇÃO DIVINA - PARTE 2
O CÓDIGO - EPISÓDIO 1 - "NÚMEROS"
O CÓDIGO - EPISÓDIO 2 - "FORMAS"
A HISTÓRIA DA MATEMÁTICA 1 -A LINGUAGEM DO UNIVERSO
DONALD NO PAÍS DA MATEMÁTICA
O número de ouro é o representante matemático da perfeição na natureza. Ele é estudado desde a Antiguidade e muitas construções gregas e obras artísticas apresentam esse número como base. O número de ouro é representado pela letra grega phi e é obtido pela proporção = 1.61803399... Mas por que esse número é tão importante? Por que ele representa a perfeição, a beleza da natureza? A resposta é simples: porque ele aparece em quase todo lugar na natureza e nas coisas que consideramos mais belas.
A TEORIA DO CAOS
Sempre tivemos a convicção, de que o mundo é decifrável e portanto controlável.Porque a matemática que governa o mundo mostrava isso. Mas o que acontece quanto esta certeza nos é tirada e que a matemática nos mostra agora que tudo não é assim previsível e controlável? Na maior parte dos últimos 100 anos, apesar dos avisos de matemáticos e historiadores, nos recusamos a ver a realidade como ela é. Estamos numa posição, em que há futuros possíveis, só que desta vez tivemos centenas de anos para aprender as lições matemáticas; e, talvez desta vez, possamos fazer o que não fizemos antes: encarar a realidade como ela é.Porque esta realidade está diante de nós.
ALTA ANSIEDADE - A MATEMÁTICA DO CAOS
TEORIA DO CAOS - EFEITO BORBOLETA
ISTO É MATEMÁTICA - O EFEITO BORBOLETA
COMO SURGIRAM OS NÚMEROS?
Você já parou para pensar nisso? Será que os números surgiram da invenção de um matemático?
O número surgiu a partir do momento em que existiu a necessidade de contar objetos e coisas e isso aconteceu há mais de 30.000 anos. Os homens nessa época viviam em cavernas e grutas e não existia a ideia de números, mas eles tinham a necessidade de contar. Assim, quando os homens iam pescar ou caçar levavam consigo pedaços de ossos ou de madeira. Para cada animal ou fruto capturado, o homem fazia no osso ou no pedaço de madeira um risco.
A criação do números parte 1
A criação do números parte 2
A criação do números parte 3
A criação do números parte 4
A criação do números parte 5
A criação do números parte 6
O herói desta história é um mestre na arte do disfarce. Para algumas pessoas ele apareceu em forma de cunha, para outras como um cone. Mas independente da forma que assumiu, ele sempre foi o numero "1". Sua história é a nossa história .É uma história de lutas, de sabedoria, de filosofia. Uma história sobre as origens dos números. Nós veremos como o "1" ajudou a criar as primeiras cidades, como ajudou a construir impérios, e como inspirou as mentes mais brilhantes da história. Também conheceremos sua participação no modo de funcionamento do dinheiro. Por fim veremos como o "1" se associou ao "0" para dominar o mundo em que vivemos hoje. O mundo digital que funciona com "1"s e "0"s.
sexta-feira, 11 de setembro de 2015
Era uma vez... o leão e o rato
Um Leão dormia sossegado, quando foi despertado por um Rato, que passou correndo sobre seu rosto.
Com um bote ágil ele o pegou, e estava pronto para matá-lo, ao que o Rato suplicou:
"Ora, veja bem, se o senhor me poupasse, tenho certeza que um dia poderia retribuir sua bondade."
Apesar de rir por achar ridícula tal possibilidade, ainda assim, como não tinha nada a perder, ele resolveu libertá-lo.
Aconteceu que, pouco tempo depois, o Leão caiu numa armadilha colocada por caçadores. Assim, preso ao chão, amarrado por fortes cordas, completamente indefeso e refém do fatídico destino que certamente o aguardava, sequer podia mexer-se.
O Rato, reconhecendo seu rugido, se aproximou e roeu as cordas até deixá-lo livre. Então disse:
"O senhor riu da simples ideia de que eu seria capaz, um dia, de retribuir seu favor. Mas agora sabe, que mesmo um pequeno Rato é capaz de fazer um favor a um poderoso Leão."
O leão agradeceu :
-Muito obrigado ratinho. O que seria de mim sem tua ajuda, amiguinho!
E o ratinho humildemente, uniu sua patinha ao da do grande leão.
-Amigo, não me agradeça, entretanto, aprenda bem, não faça pouco dos fracos, confie neles também.
Crônica lírica
A crônica é lírica quando a saudade, a emoção e a nostalgia aparecem no texto buscando interpretar de forma poética os sentimentos.
Exemplo:
Apelo
Amanhã faz um mês que a Senhora está longe de casa. Primeiros dias, para dizer a verdade, não senti falta, bom chegar tarde, esquecido na conversa de esquina. Não foi ausência por uma semana: o batom ainda no lenço, o prato na mesa por engano, a imagem de relance no espelho. Com os dias, Senhora, o leite primeira vez coalhou. A notícia de sua perda veio aos poucos: a pilha de jornais ali no chão, ninguém os guardou debaixo da escada. Toda a casa era um corredor deserto, até o canário ficou mudo. Não dar parte de fraco, ah, Senhora, fui beber com os amigos. Uma hora da noite eles se iam. Ficava só, sem o perdão de sua presença, última luz na varanda, a todas as aflições do dia.
Sentia falta da pequena briga pelo sal no tomate — meu jeito de querer bem. Acaso é saudade, Senhora? Às suas violetas, na janela, não lhes poupei água e elas murcham. Não tenho botão na camisa. Calço a meia furada. Que fim levou o saca-rolha? Nenhum de nós sabe, sem a Senhora, conversar com os outros: bocas raivosas mastigando. Venha para casa, Senhora, por favor.
(Dalton Trevisan)
Palhaços também choram
Apagaram-se as luzes do picadeiro. O palco que dantes aspirava e inspirava risos de súbito modo jaz ao silêncio da solidão.
A grande tenda criada para doar alegria, se sente fria ao cair da noite, ao findar de outro dia, quando aplausos, sensações, humor e crianças dormem, quando o artista se vê romper a madruga sozinho, no obscuro.
O raiar do sol traz apenas outra dor, a de ter que ser o personagem, o mágico, a “felicidade”. A dor de ter que nascer a cada novo espetáculo e de se vê morrer após o fim deste. Após as cortinas encerrarem a alegre e solitária dramaturgia.
E é no exílio… Perdoe-me! Melhor, no camarote, que as manchas surgem, o borrão, a tinta, a máscara, é quando o artista lava o rosto nas próprias lágrimas e o espelho parece ofender, dizer, falar…
Ofender, dizer, falar. Tudo o que artista deseja é tal liberdade, isso mesmo, ele quer brigar, xingar, gritar, gritar… Ele quer se ver sozinho, mas casado de estar sozinho do mundo, já não mais deseja a solidão, ele quer apenas estar sozinho de si mesmo, liberta-se de seu personagem, desprender-se, esvaziar-se, gritar, gritar…
Ah! E como deve ser traumático sorrir, quando se precisa chorar, divertir, quando se quer prantear, abraçar, quando não mais se sabe o prazer de amar.
Ah…
Mas amanhã as luzes do picadeiro acenderão novamente, todos virão, de todos os quantos, assistirão ao espetáculo do artista. Então, cabe a ele vestir seu terno colorido, sua peruca colorida e pintar o rosto de branco, vermelho, palhaço… Fingir que essa noite foi um surto, um acaso, uma ilusão, e que não sente a dor de ser um personagem, de ter que ao invés de viver a vida, interpretar.
Texto narrativo
Narrar – É contar uma história, um fato, um acontecimento, quer dizer, fala do que acontece a uma ou várias personagens.
1- Estrutura da narrativa: Normalmente um texto narrativo organiza-se em três partes:
Introdução - apresenta a situação inicial, localiza a ação ( onde e quando se passa a história), descreve as personagens – geralmente estas informações são dadas na introdução.
desenvolvimento – conta a ação propriamente dita ( Por exemplo: quando acontece na história um problema que é preciso resolver – tudo o que se passa a seguir é já o desenvolvimento.
Conclusão – apresenta o final da ação ( Por exemplo - quando se encontra a solução para um problema chega ao fim a história – é a conclusão.
A um texto com estas características damos o nome de narrativa fechada.
Quando não conhecemos a conclusão, dizemos que se trata de uma narrativa aberta.
2- Localização da ação:
No espaço – Onde?
No tempo – Quando?
3- Autor: É a pessoa que imagina a narrativa. Exemplo: «A rosa vai passando para as minhas mãos as bolas coloridas, longos fios prateados e dourados [...]»:
4- Narrador: É um ser imaginário, criado pelo autor a quem cabe contar a história. O narrador pode ser:
Participante ou presente (se participa na história como personagem)
Não participante ou ausente ( se se limita a contar a história, sem participar nela).
5- Personagens:
Pessoas que vivem os acontecimentos que são contados no texto. Atenção! Por vezes as personagens podem ser animais ou coisas.
Os textos abaixo foram algumas notícias de jornal que circularam no ano de 2006, escolha uma delas e invente uma história baseada nos fatos apresentados.
PRODUÇÃO TEXTUAL
1. Gato de sorte, azar dos vizinhos...
Um gato britânico, batizado Tinker (cigano), herdou uma casa valorizada em 497.000 euros nos arredores de Londres, revelou The Times em maio. Sua proprietária, que morreu sozinha, decidiu legar-lhe a casa, encarregou os vizinhos de se ocuparem do animal e pôs à sua disposição um fundo de 142.000 euros. Ao cabo de 21 anos, uma vez morto o felino, a casa passará aos vizinhos.
2. Homem mais alto do mundo procura namorada
Bao Xishun, o homem mais alto do mundo, com 2,36 m, procura uma companheira para compartilhar sua vida, informa hoje o jornal China Daily. Bao, que nunca se casou nem teve namorada devido aos problemas causados por sua estatura, publicou um anúncio em um jornal local dizendo que está carente e que gostaria de encontrar uma mulher que cuidasse dele.
A estatura de Bao foi certificada pelo Livro dos Recordes, o Guinness Book, como a maior do mundo em um homem vivo, embora os médicos ainda não tenham conseguido explicar a causa deste crescimento exagerado.
Bao pesa 165 kg, suas pernas medem 1,5 m e seus pés têm 38 cm. Sua altura foi normal até os 15 anos, quando disparou até 1,98 m.
3) Jovem reaparece após 10 anos confinada em casa de estranho
Uma mulher que desapareceu na adolescência, há dez anos, viveu esse tempo todo com um segurança de escola primária que não a deixava sair de casa, afirmou a polícia.
Nicole Kach, agora com 24 anos, encontrou sua família nesta semana. Ela vivia na casa do homem, que a ameaçava caso fugisse e a trancava no quarto quando recebia visitas.
4) Jacaré bate na porta, mulher atende e se apavora
Uma dona de casa americana ouviu batidas na porta e pensou tratar-se de algum visitante. Ao atender, no entanto, deparou-se com um enorme jacaré.
O jacaré, que havia saído de um lago próximo e estava com um lado da boca sangrando, pois havia batido contra a porta algumas vezes.
Lori mora na Flórida, nos EUA, e impressionou-se com o animal de 2,5 metros de comprimento.
Mike, marido de Lori, diz que correu para casa quando a mulher telefonou e pediu ajuda histericamente. Enquanto isso o animal permaneceu na porta por quase uma hora até ser finalmente capturado.
FÁBULAS
Fábula é uma narrativa figurada, na qual muitas vezes são animais que ganham características humanas. Sempre contém um moral por sustentação, constatada no final da história. É um gênero muito versátil, pois permite diversas maneiras de se abordar determinado assunto. É muito interessante para crianças e para os adultos, pois contém preceitos morais de uma forma leve e lúdica.
A velha contrabandista
Stanislaw Ponte Preta
Diz que era uma velha que sabia andar de lambreta. Todo dia ela passava pela fronteira montada na lambreta, com um bruto saco atrás da lambreta. O pessoal da Alfândega – tudo malandro velho – começou a desconfiar da velhinha.
Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrás, o fiscal da Alfândega a mandou parar. A velhinha parou e então o fiscal perguntou assim para ela:
- Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia, com esse saco aí atrás. Que diabo a senhora leva nesse saco?
A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais os outros, que ela adquirira no dentista, e respondeu:
- É areia!
Aí quem sorriu foi o fiscal. Achou que não era areia nenhuma e mandou a velhinha saltar da lambreta para examinar o saco. A velhinha saltou, o fiscal esvaziou o saco e dentro só tinha areia. Muito encabulado, ordenou que a velhinha fosse em frente. Ela montou na lambreta e foi embora com o saco de areia atrás.
Mas o fiscal ficou desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia com areia e no outro com muamba, dentro daquele maldito saco. No dia seguinte, quando ela passou na lambreta com o saco atrás, o fiscal mandou parar outra vez. Perguntou que é que ela levava no saco e ela respondeu que era areia, uai! O fiscal examinou e era mesmo. Durante um mês seguido o fiscal interceptou a velhinha e, todas as vezes, o que ela levava no saco era areia.
Diz que foi aí que o fiscal se chateou:
- Olha vovozinha, eu sou fiscal da Alfândega com 40 anos de serviço. Manjo essa coisa de contrabando pra burro. Ninguém me tira da cabeça que a senhora é contrabandista.
- Mas no saco só tem areia! – insistiu a velhinha. E já ia tocar a lambreta, quando o fiscal propôs:
- Eu prometo à senhora que deixo a senhora passar. Não vou dar parte, não apreendo não conto nada a ninguém, mas a senhora vai me dizer: qual é o contrabando que a senhora está passando por aqui todos os dias?
- O senhor promete que não “espaia”? – quis saber a velhinha.
A crônica é uma forma textual no estilo de narração que tem por base fatos que acontecem em nosso cotidiano. Por este motivo, é uma leitura agradável, pois o leitor interage com os acontecimentos e por muitas vezes se identifica com as ações tomadas pelas personagens.
Tipos de crônicas
A crônica pode ser um artigo de
jornal, registrar os fatos, novidades ou até seus comentários, tratam de
assuntos psicológicos presentes na vida cotidiana. São histórias que podem ter
acontecido com você, com algum colega ou até alguém da sua família. Na leitura de algumas crônicas, você pode notar como esse tipo de
narração ganha um interesse especial.
1- Crônica narrativa
Crônica Narrativa é um redação curta e condensada que capta um flagrante da vida, pitoresco e atual, real ou imaginário, com uma ampla variedade temática. É quando uma crônica explora a caracterização de seres, descrevendo-os. E, ao mesmo tempo mostra fatos cotidianos ("banais", comuns) no qual pode ser narrado em 1ª ou na 3ª pessoa do singular.
2- Crônica lírica ou poética
Apresenta uma linguagem poética e metafórica. Nela predominam emoções, os sentimentos (paixão, nostalgia, saudades), traduzidos numa atitude poética.
3-Crônica reflexiva
O autor tece reflexões filosóficas, isto é, analisa os mais variados assuntos do cotidiano através de impressões e inferências.
4- Crônica metalinguística
É a crônica que fala do próprio ato de escrever, o fazer literário, o ato da criação.
5-Crônica humorística
São sátiras da vida em sociedade, ampliando seus problemas de forma caricatural
para reduzi-los ao humor.
6- Crônica Dissertativa
Opinião explícita, com argumentos mais "sentimentalistas" do que "racionais" (em vez de "segundo o IBGE a mortalidade infantil aumenta no Brasil", seria "vejo mais uma vez esses pequenos seres não alimentarem sequer o corpo"). Exposto tanto na 1ª pessoa do singular quanto na do plural
7- Crônica Descritiva
É o tipo de crônica que explora a caracterização de seres animados e inanimados num espaço. Preciso como uma fotografia ou dinâmico como um filme.
8- Crônica Jornalística
É a crônica que apresenta aspectos particulares de notícias ou fatos. Pode ser policial, esportiva ou política.
9- Crônica Histórica
É a crônica baseada em fatos reais ou fatos históricos.
10- Crônica narrativo-descritiva
Quando um texto alterna momentos narrativos com flagrantes descritivos, temos uma abordagem narrativo- descritiva. Dessa forma, as ações detêm-se para que o leitor visualize, mentalmente, as imagens que a sensibilidade do autor registra com palavras. O que se observa no texto assim qualificado é a predominância da sucessão de ações sobre as inserções descritivas.
11- Crônica-comentário
Cercando-se de impressões críticas, com ironia, sarcasmo ou humor, a crônica-comentário resulta num texto cujo ponto forte são as interpretações do autor sobre um determinado assunto, numa visão quase jornalística.
12- Crônica-ensaio
Apesar de ser escrita em linguagem literária, ter uma veia humorística e valer-se inclusive da ficção, este tipo de crônica apresenta uma visão abertamente crítica da realidade cultural e ideológica de sua época, servindo para mostrar o que autor quer ou não quer de seu país. Aproxima-se do ensaio, do qual guarda o aspecto argumentativo.
domingo, 23 de agosto de 2015
Autismo
O autismo é um transtorno global do desenvolvimento, no qual há alteração que prejudica a interação, a comunicação e o comportamento. Ou seja, é marcado pela dificuldade na comunicação social.
Dia do autismo
Todo 2 de abril comemora-se o Dia Mundial da
Conscientização do Autismo, data decretada pela ONU (Organização das Nações
Unidas), desde 2008, pedindo mais atenção ao transtorno do espectro
autista, nome oficial do autismo.
A incidência do autismo em crianças é mais comum
e maior do que a soma dos casos de AIDS, câncer e diabetes juntos. No Brasil
estima-se que tenhamos 2 milhões de autistas, mais da metade ainda sem
diagnóstico. Segundo pesquisa, a proporção é de uma criança autista para cada
150 nascimentos
Em 2011, foi realizado no Brasil, o maior evento da história, abrangendo todos
os estados. Agora, em 2012, o objetivo é que o evento seja ainda maior,
com monumentos sendo iluminados de azul na data, como o Cristo Redentor (no Rio
de Janeiro), a Ponte Estaiada, o Viaduto do Chá, o Monumento à Bandeira, a Fiesp
e a Assembleia Legislativa (em São Paulo), a torre da Unisa do Gasômetro (em
Porto Alegre), o prédio do Ministério da Saúde (em Brasília) e muitos outros
locais.
No mundo estarão iluminados também vários
cartões-postais, como o Empire State Building (nos Estados Unidos), a CN Tower
(no Canadá) entre outros — é o movimento mundial chamado “Light It Up Blue”,
iniciado pelos estadunidenses.
O azul foi definido como a cor símbolo do
autismo, porque a síndrome é mais comum nos meninos — na proporção de quatro
meninos para cada menina. A ideia é iluminar pontos importantes do planeta na
cor azul para chamar a atenção da sociedade, poder falar sobre autismo e
levantar a discussão a respeito dessa complexa síndrome.
Algumas características podem ajudar você a desconfiar quando a criança tem autismo. Alguns traços de autismo podem se confundir com características semelhantes a outras pessoas que podem ser tímidas ou gostar de aventuras. Mais isso não as leva necessariamente a serem consideradas autistas até porque quem vai fazer o diagnóstico é o especialista. O autismo não é uma condição limitadora. O diagnóstico precoce permite que as pessoas com autismo sejam pessoas felizes e bem inseridas socialmente.
Um dos sintomas mais comuns é quando a criança não responde ao ser chamada pelo nome. Age como "surda" mesmo quando ouve.
Dificuldade de contato visual.
Dificuldade em interagir com outras crianças. Não participa de brincadeiras coletivas.
Evita o contato físico.
Dificuldade em aceitar quebra na rotina.
Risos ou choro inapropriados.
Apego inapropriado a objetos.
Parece não temer o perigo.
Pode parecer inquieta e apresentar agitação psicomotora. Andar pra lá e pra cá, mexendo em tudo, não parando um minuto ou pode parecer preguiçosa, letárgica, necessitando de um grande estímulo para mover-se.
Usa pessoas como ferramenta. Pode não apontar com o dedo para o objeto que quer alcançar. Segura em seu braço e leva até o objeto desejado, como se usasse a sua mão como ferramenta.
Utiliza objetos de forma muito particular. Brinca de forma incomum. Pega um carrinho, por exemplo, e o vira ao contrário e é capaz de passar horas girando a rodinha.
Apresenta alteração sensorial. Pode cair no choro por causa de um simples toque ou pode machucar-se e não demonstrar dor.
Desenvolvimento cognitivo
A noção de espectro do autismo foi descrita por Lorna Wing em 1988, e sugere que as características do autismo variam de acordo com o desenvolvimento cognitivo.
Na verdade, o que se chama de autismo nada mais é do que um tipo de comportamento que se caracteriza por três aspectos fundamentais. Primeiro: são crianças que parecem não tomar consciência da presença do outro como pessoa. Segundo: apresentam muita dificuldade de comunicação. Não é que não falem, não conseguem estabelecer um canal de comunicação eficiente. Terceiro: têm um padrão de comportamento muito restrito e repetitivo. Atualmente, qualquer indivíduo que apresente esses sintomas, em maior ou menor grau, é caracterizado como autista.
O autismo acomete pessoas de todas as classes sociais e etnias, mais os meninos do que as meninas. Os sintomas podem aparecer nos primeiros meses de vida, mas dificilmente são identificados precocemente. O mais comum é os sinais ficarem evidentes antes de a criança completar três anos.
De acordo com o quadro clínico, eles podem ser divididos em 3 grupos:
1) ausência completa de qualquer contato interpessoal, incapacidade de aprender a falar, incidência de movimentos estereotipados e repetitivos, deficiência mental;
2) o portador é voltado para si mesmo, não estabelece contato visual com as pessoas nem com o ambiente; consegue falar, mas não usa a fala como ferramenta de comunicação (chega a repetir frases inteiras fora do contexto) e tem comprometimento da compreensão;
3) domínio da linguagem, inteligência normal ou até superior, menor dificuldade de interação social que permite aos portadores levar vida próxima do normal.
Na adolescência e vida adulta, as manifestações do autismo dependem de como as pessoas conseguiram aprender as regras sociais e desenvolver comportamentos que favoreceram sua adaptação e autossuficiência.
Recomendações
* Ter em casa uma pessoa com formas graves de autismo pode representar um fator de desequilíbrio para toda a família. Por isso, todos os envolvidos precisam de atendimento e orientação especializados;
* É fundamental descobrir um meio ou técnica, não importam quais, que possibilitem estabelecer algum tipo de comunicação com o autista;
* Autistas têm dificuldade de lidar com mudanças, por menores que sejam; por isso é importante manter o seu mundo organizado e dentro da rotina;
* Apesar de a tendência atual ser a inclusão de alunos com deficiência em escolas regulares, as limitações que o distúrbio provoca devem ser respeitadas. Há casos em que o melhor é procurar uma instituição que ofereça atendimento mais individualizado;
* Autistas de bom rendimento podem apresentar desempenho em determinadas áreas do conhecimento com características de genialidade.
Autismo x Síndrome de Asperger
Importante ressaltar que Asperger publicou os seus estudos na Alemanha, no final da 2ª Guerra Mundial, mas somente nos últimos dez ou quinze anos é que o termo Síndrome de Asperger tem sido utilizado em diagnóstico.
Autismo
- Incapacidade de se relacionar afetivamente com as pessoas desde os primeiros anos.
- Uma ansiedade excessiva e desejo de manter na mesmice.
- Falta da Linguagem falada ou uso da Linguagem sem Intenção comunicacional.
- Sensibilidade acima da média para estímulos internos e externos.
- Fascinação por objetos como uma folha, tampas ou cordas, que são tratados com habilidade e destreza.
Síndrome de Asperger
- Falta de reciprocidade e empatia nas interações sociais, apesar de desejar certo grau de Interação.
- Dependência de rotinas repetitivas e uma necessidade de uniformidade nos ambientes.
- Habilidade de memorização de detalhes dentro de um estreito campo de interesse.
- Fala formal desenvolvida prematuramente, mas mecânica e pode parecer estranha e pedante.
- Atenção acima da média para estímulos externos e internos.
- Falta de destreza motora – marcha e postura diferenciadas.
Vídeos recomendados:
ABC Autismo
METODO TEACCH - Trabalhando cores
Série 'Autismo' no FANTASTICO (Ep 01)
Série 'Autismo' no FANTASTICO (Ep 02)
Série 'Autismo' no FANTASTICO (Ep 03)
Matéria Síndrome de Asperger no Fantástico
FREUD EXPLICA-AUTISMO E ASPERGER-PARTE 1
Síndrome de Asperger -entrevista- parte 2-FREUD EXPLICA
Se Liga Brasil Menino autista de 14 anos pode ter QI maior que o de Einstein
GNT - Síndrome de Asperger - Parte 01/02
GNT - Síndrome de Asperger - Parte 02
Filme francês " O cérebro de Hugo"
Adam
Adam, um rapaz com síndrome de asperger, é apaixonado por astronomia, e passa a morar sozinho após a morte do pai. Tem um único amigo para apoiá-lo, Harlan. O filme trata do seu relacionamento com uma nova vizinha, a professora Beth. Foi escrito e dirigido por Max Mayer, que teve a ideia quando ouviu uma entrevista de um homem que sofria da doença. Foi premiado no Sundance Film Festival e no Method Fest Independent Film Festival do ano seguinte.
Experimentando a vida (Molly)
Elisabeth Shue interpreta Molly, uma jovem autista que sai do período de internação e fica sob os cuidados de seu irmão, Buck (Aaron Eckhart). Ele permite que a irmã inicie um tratamento experimental. Molly se transforma em um gênio, com inteligência superior, para a surpresa de Buck. Mas esse progresso acaba sendo relativo, já que Molly não se livra completamente da sua extrema concentração autista. Buck e sua irmã enfrentam agora outro grande desafio.
Loucos de Amor (versão dublada) Donald Morton (Josh Hartnett) e Isabelle Sorenson (Radha Mitchell) sofrem da síndrome de asperger, uma espécie de autismo que provoca disfunções emocionais. Donald trabalha como motorista de táxi, adora os pássaros e tem uma incomum habilidade em lidar com números. Ele gosta e precisa seguir um padrão em sua vida, para que possa levá-la de forma normal. Entretanto, ao conhecer Isabelle em seu grupo de ajuda tudo muda em sua vida.
O mundo necessita de todos os tipos de mentes -Temple Grandin
Mary Temple Grandin é uma mulher com autismo (de alto funcionamento), também conhecido como Síndrome de Asperger, que revolucionou as práticas para o tratamento racional de animais vivos em fazendas e abatedouros. Bacharel em Psicologia pelo Franklin Pierce College e com mestrado em Zootecnia na Universidade Estadual do Arizona, é Ph.D. em Zootecnia, desde 1989, pela Universidade de Illinois. Hoje ministra cursos na Universidade Estadual do Colorado a respeito de comportamento de rebanhos e projetos de instalação, além de prestar consultoria para a indústria pecuária em manejo, instalações e cuidado de animais. Atualmente ela é a mais bem sucedida e célebre profissional norte-americana com autismo, altamente respeitada no segmento de manejo pecuário.
Na juventude ela criou a "máquina do abraço", uma engenhoca para lhe pressionar como se estivesse sendo abraçada e que a acalmava, assim como a outras pessoas com autismo. Sua vida foi tema do filme Temple Grandin, em 2010, quando ela foi mencionada pela revista Time na lista das 100 pessoas mais influentes do mundo, na categoria dos "Heróis".
SÍNDROME DE DOWN
A síndrome de Down (SD) é uma alteração genética produzida pela presença de um cromossomo a mais, o par 21, por isso também conhecida como trissomia 21.
A SD foi descrita em 1866 por John Langdon Down. Esta alteração genética afeta o desenvolvimento do individuo, determinando algumas características físicas e cognitivas.
As crianças, os jovens e os adultos com síndrome de Down podem ter algumas características semelhantes e estar sujeitos a uma maior incidência de doenças, mas apresentam personalidades e características diferentes e únicas.
O diagnóstico
O diagnóstico preciso é feito através do cariótipo que é a representação do conjunto de cromossomos de uma célula. Na figura é apresentado um cariótipo de um paciente portador da SD. O cariótipo é, geralmente, realizado a partir do exame dos leucócitos obtidos de uma pequena amostra de sangue periférico. É também possível realizá-lo, antes do nascimento, depois da décima primeira semana de vida intra-uterina, utilizando-se tecido fetal.
Atualmente tem sido utilizado um marcador ultrassonográfico que pode sugerir o diagnóstico da SD na décima segunda semana gestacional. Trata-se de uma medida, denominada translucência nucal, que é obtida da região da nuca do feto. Valores acima de 3 mm são característicos de alguns problemas congênitos (presentes ao nascimento), entre eles, a SD. A incidência da SD é de aproximadamente, 1 para 800 nascidos vivos.
Todos os indivíduos devem ter 46 cromossomos dentro de cada célula, sendo que 23 deles vêm do pai e 23 vêm da mãe. No ano de 1958, um geneticista chamado Jerome Lejeune, percebeu que no caso da síndrome de Down havia um erro de distribuição. As células dos portadores possuíam 47 cromossomos, e o que vinha a mais se mantinha ligado ao par número 21. Desta forma surgiu o termo “trissomia do 21” para se falar da doença. Em homenagem ao primeiro médico a relacionar as características físicas dos portadores, John Langdon Down, o geneticista deu à enfermidade o nome de síndrome de Down.
Existem três tipos principais de trissomia do 21. No tipo simples ou padrão a pessoa possui 47 cromossomos em todas as células. No tipo translocação o cromossomo extra fica grudado em outro, portanto, a pessoa ainda possui 46 cromossomos, mas não da forma normal. E no tipo mosaico algumas células possuem 47 e outras 46 cromossomos.
Como são os bebês com síndrome de down ?
Os médicos frequentemente são capazes de reconhecer os bebês com síndrome de Down imediatamente após o seu nascimento. Tipicamente, os recém-nascidos com síndrome de Down têm diferenças na face, pescoço, mãos e pés, bem como no tônus muscular. O conjunto dessas características dá início às suspeitas do médico.Depois de examinarem seu bebê, os médicos geralmente irão solicitar estudos cromossômicos, para confirmar o diagnóstico.A criança com SD, desde o início, apresenta reações mais lentas do que as outras crianças; provavelmente isso altera sua ligação com o ambiente. O desenvolvimento cognitivo é não somente mais lento, mas também se processa de forma diferente. O desenvolvimento mais lento pode ser consequência dos transtornos de aprendizagem. À medida que a criança cresce, as diferenças mostram-se maiores, já que as dificuldades da aprendizagem alteram o curso do desenvolvimento.
Tônus muscular baixo
Os bebês com síndrome de Down têm tônus muscular baixo, denominado de hipotonia. Isso significa que seus músculos são relaxados e dão a impressão de serem “frouxos” ou “moles”. O tônus baixo geralmente afeta todos os músculos do corpo. A síndrome de Down não afeta a capacidade de crescimento e aprendizagem de seu filho, porém o tônus muscular baixo prejudica o desenvolvimento de habilidades como rolar, sentar, levantar e caminhar. Outra área em que o tônus muscular baixo pode afetar o desenvolvimento de seu bebê é a alimentação e aceitação de alimentos sólidos, pois os músculos da boca têm tônus muscular baixo. Outra área em que o tônus muscular baixo pode afetar o desenvolvimento de seu bebê é a alimentação e aceitação de alimentos sólidos, pois os músculos da boca têm tônus muscular baixo. A hipotonia não tem cura, isto é, o tônus muscular de seu filho provavelmente será sempre um tanto mais baixo do que o das outras crianças. Entretanto, muitas vezes pode melhorar ao longo do tempo, e pode ser melhorado por meio de fisioterapia. Dessa maneira, é atribuída uma grande importância à boa fisioterapia para ajudar as crianças com tônus muscular baixo a se desenvolver adequadamente, em especial quando são muito jovens.
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Mãe escreve carta para homem que disse que seu filho com Síndrome de Down era ‘feio’
Megan Mennes, uma américa de Houston, no Texas, escreveu uma carta ao homem que criticou seu filho, Quinn, que tem Síndrome de Down. Em uma foto postada por ela em sua conta no Instagram, o usuário JusesCrusTHD deixou um comentário seco: “Feio”. Em seu blog, Megan postou sua resposta.
“Caro troll”, começa a professora de Inglês, “eu não quero fazer suposições sobre você, mas posso adivinhar, pela sua imaturidade e ignorância, que você pouco sabe sobre o desamparo que os pais sentem quanto veem seu filho sofrer com doenças respiratórias. Quinn estava doente na semana passada, mas melhorou bastante na sexta. Nós decidimos sentar no quintal e pegar sol depois da escola. Não há, no mundo, muitas coisas melhores que ver seu filho, que estava doente, abrir um sorriso, e eu tirei uma foto e postei no Instagram com a hashtag #síndromededown”.
“O fato de você achar meu filho feio é uma coisa”, segue o relato. “Você tem direito à sua opinião. Mas o fato de você intencionalmente buscar por #síndromededown para achar fotos e fazer insultos (infelizmente, Quinn não é a única vítima do seu comportamento) é, ao mesmo tempo, infantil e triste”, explicou Megan. Em pouco tempo, o rapaz recebeu tantas críticas que decidiu apagar suas contas das redes sociais.
“Isso não é uma piada. Isso é bullying virtual. Obviamente, denunciei seu perfil. Essa não será a última vez que alguém fará menos do meu filho porque ele é diferente. Não será a última vez que alguém fará piada às suas custas, mas buscar ativamente pessoas reais para zoar é mais que cruel. É inumano”, declarou. “Eu apenas espero que meus filhos aprendam a ignorar comentários ignorantes e a tratar os outros com respeito e dignidade. Todos merecemos, até mesmo você”, concluiu Megan.