quarta-feira, 25 de maio de 2016





Decálogo do leitor
Por Alberto Mussa




I. Nunca leia por hábito. Leia por vício. A leitura amplia a compreensão do mundo, aprimora a capacidade e expressão, diminui a ansiedade. Mas é essencialmente lúdica, como devem ser as coisas que nos dão prazer.

II. Comece a ler desde cedo. E comece pelos clássicos.

III. Nunca leia sem dicionário . Se estiver fora de casa, anote as palavras que você não conhece, para consultar depois. Elas nunca são escritas por acaso.

IV. Perca menos tempo diante do computador, da televisão e estabeleça metas. Se puder ler um livro por mês, 16 anos aos 75 anos, você terá lido 720 livros.

V. Faça do livro um objeto íntimo. Escreva nele; assinale as passagens emocionantes. O livro é o mais interativo dos objetos. Você pode pode avançar e recuar, folheando, ele vai com você a todos os lugares.

VI. Leia sempre literatura brasileira: ela está entre as grandes.

VIII. Das letras europeias  e da América do  Norte vem  a maioria dos grandes mestres. A literatura hispano- americana é indispensável. Busque também o diferente: há grandezas literárias na África e na Ásia. Volte à Idade Média, ao mundo árabe, aos clássicos gregos e latinos. Chegue finalmente, às mitologias dos povos ágrafa. mergulhe na poesia selvagem. São eles que estão na origem de tudo; é por causa deles que estamos aqui.

IX. Não tenha pena de abandonar pelo meio os livros desinteressantes.

X.Forme seu próprio cânone. Se não gostar de um clássico, não se sinta menos inteligente . E faça o seu próprio decálogo: neste momento, você será um leitor


*Escritor carioca. Seu texto original foi adaptado pela revista "NÓS DA ESCOLA".

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