domingo, 24 de maio de 2015




INCLUSÃO
 
 
 
Uma criança deficiente não é respeitada se for abandonada à sua deficiência, se se negar a realidade da sua deficiência. É respeitada se a sua identidade, a sua originalidade da qual a deficiência também faz parte, se for favorecida e quase provocada, isto é, se ela for levada a desenvolver-se tal é a atitude realista ativa em situação e em relação se for ao contrário temos o realismo inerte. (CANEVARO,1984, p.1) 
 
 
 
 
 
 
 
 


Inclusão ou exclusão?




 As pessoas com necessidades especiais foram tradicionalmente marginalizadas ao longo da história da humanidade e como a deficiência foi marcada na parte social, política econômica e religiosa, seja em razão da própria concepção que se tem de homem, do mundo e de sociedade.

Hoje fala-se de inclusão nas escolas. Mas  será que todos os professores estão preparados? Será que os alunos especiais se sentem realmente incluídos nas escolas especiais, que só atendem crianças especiais? 

 O conceito que o professor é concebido como o único responsável pelo sucesso ou fracasso. Porém acreditar que o único objetivo a ser alcançado pelas simples modificações legais, seria simplificar e complexidade a real inclusão dos alunos que possuem necessidades especiais. Não é apenas inserir esses alunos   em uma sala de aula. Não é o aluno que deve se adequar ao ambiente, mas tanto os profissionais da  educação quanto o ambiente deve pensar a melhor forma de proporcionar a acessibilidade de materiais e de espaços para que possam  se integrar a comunidade escolar com naturalidade.
 
A proposta de uma instituição com uma equipe interdisciplinar na prática quando se vê diante de um aluno com necessidades especiais em uma turma, o professor se vê sozinho diante de um desafio no qual não foi prepara para enfrentar. Cada criança é única  em cada tipo de deficiência existem diversos graus ou características individuais.
 
 
 É verdade que propostas correntes nessa área referem-se ao auxílio de um professor especialista e à necessidade de uma equipe de apoio pedagógico. Porém, a solicitação destes recursos costuma ser proposta apenas naqueles casos em que o professor já esgotou todos os seus procedimentos e não obteve sucesso. A equipe, não raro, ao invés de estar desde o princípio acompanhando o trabalho do professor com toda a turma, é utilizada como último recurso para encaminhar somente aqueles alunos com dificuldades extremas em relação à aprendizagem. Neste sentido, o papel da escola fica restrito ao encaminhamento para serviços outros que, via de regra, só reforçam a individualização do problema e desresponsabilizam àquela em relação às dificuldades do aluno.
 
 A deficiência pode ser: física, sensorial, cognitiva, múltipla, altas habilidades, necessitando de recursos especializados para desenvolver seu potencial ou minimizar sua dificuldade.  Para a criança com deficiência é importante ser reconhecida socialmente, embora sua estrutura seja diferente, fazendo com que muitas crianças não frequentem as escolas por serem excluídas. Quando existe, por exemplo, um jogo no qual as crianças ditas normais começam a escolher os companheiros, aquelas crianças que não vão conseguir ter um bom desempenho são excluídas das atividades cooperativas e com isso não vão participar do grupo.


Os professores comuns e os da educação especial precisam trabalhar juntos, numa mesma sintonia, para que o trabalho se realize eficazmente. O trabalho de cada professor é diferente, o professor de sala de aula comum ensina as áreas do conhecimento e o professor do AE complementa a formação do aluno com recursos que contribuem para seu aprendizado e faz com que o aluno aprenda com autonomia, onde antes não era possível. 

Cada aluno tem um tipo de recurso para ser utilizado, um atendimento diferenciado, alunos com mesma deficiência podem precisar de atendimento diferenciado. Por isso, para planejar o atendimento, não é saber as causas, o diagnóstico, antes disso vem a pessoa, o aluno, sua história de vida, seus desejos e suas diferenças.








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